Relacionamento Abusivo. Será que estou em um? | Ana Paula Dias
Ana Paula Dias - Psicóloga | Butantã - São Paulo - SP
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Relacionamento Abusivo. Será que estou em um?

Relacionamento Abusivo. Será que estou em um?

Por Ana Paula Dias CRP 06/79873

Como anda seu relacionamento?

Tem se sentido sufocada? Sente que sua individualidade está se perdendo no relacionamento?

Como se o seu parceiro estivesse ocupando (invadindo) um espaço maior do que deveria?

Ele costuma controlar as roupas que você veste?

Te proíbe de sair ou conversar com seus amigos?

Tem ciúme das pessoas próximas a você, inclusive de seus familiares?

Se você respondeu sim a algumas destas questões, talvez seja a hora de repensar seu relacionamento. Afinal, um relacionamento é uma relação de parceria, o ideal é que tenhamos ao nosso lado uma pessoa que nos acompanhe em nosso crescimento, uma pessoa que queira compartilhar de nossa felicidade, de nossas conquistas e nos apoiar em momentos difíceis.

Não precisamos de âncoras na vida, precisamos de pessoas que nos encorajem a ser melhores, que nos ajudem a desenvolver nosso potencial, e em um relacionamento amoroso não é diferente.

É claro que as críticas fazem parte de todo relacionamento e muitas vezes são necessárias para o nosso crescimento. O outro não precisa concordar comigo em todos os momentos, mas discordar, ou mesmo criticar, não significa menosprezar meu ponto de vista e minhas escolhas. Podemos debater nossas opiniões, sem necessariamente diminuir um ao outro. Assim funciona um relacionamento saudável, onde o que impera é a parceria, e o desejo real do bem-estar do outro e do sucesso da relação.

Porém, em um relacionamento abusivo, não é isso o que acontece. Neste tipo de relação, o que o parceiro que abusa quer, na verdade, é ter o controle. Seu objetivo não é encontrar um ponto de equilíbrio, e sim, diminuir o outro, para, dessa forma, sentir-se no domínio da situação. Aqui, quem sofre o abuso funciona como uma espécie de objeto pertencente ao abusador, e por esta razão é muito comum que surjam sentimentos como ciúme e posse.

O grande problema, é que muitas pessoas confundem esses sentimentos com amor, talvez pelo ideal romântico ao qual somos submetidos a todo momento, entretanto, sempre, é importante ressaltar que CIÚME NÃO É SINÔNIMO DE AMOR.

Quem ama quer o bem do outro, quem ama admira, respeita, QUEM AMA NÃO DIMINUI NEM OBJETIFICA.

Um relacionamento saudável é aquele onde existem dois indivíduos inteiros, onde um busca apoiar o crescimento do outro, respeita as suas escolhas, desejos e sentimentos. Já em um relacionamento abusivo, a tendência é contrária. Como já dito acima, o abusador tem necessidade de sentir-se no controle da situação, e diante disso, sente-se mal com o crescimento da parceira, pois quando ela cresce, ele sente que perdeu o controle e teme perder “seu objeto de posse”.

Mas ATENÇÃO: Nem sempre esse jogo é claro. Muitas vezes o abuso aparece de forma sutil. Muitos acreditam que um relacionamento abusivo é aquele onde há agressão física ou verbal, entretanto, esses são estágios já muito avançados de uma relação patológica.

Atitudes como controlar ou mesmo proibir uma determinada peça de roupa, manifestação constante de ciúme de amigos, ciúme de familiares, desvalorização de suas conquistas, desvalorização de suas características físicas, invasão de sua privacidade (como invasão de suas redes sociais e caixa de e-mail) são sinais de que você pode estar em uma relação abusiva.

Qualquer pessoa está sujeita a entrar num relacionamento patológico, mesmo aquelas pessoas com boa autoestima e seguras de si, pois esses relacionamentos geralmente começam muito bonitos. Geralmente o abusador, no início do relacionamento, costuma ser muito romântico e sedutor: ele elogia, se diz apaixonado, entre outras ações/atitudes que contribuem no processo de sedução.

Porém, indivíduos com autoestima elevada geralmente costumam perceber a armadilha e sair desses relacionamentos de forma mais rápida, entretanto, quem sofre com insegurança e baixa autoestima pode ficar presa por muito tempo numa relação desse tipo, podendo, infelizmente, chegar nas etapas mais avançadas, onde a agressão verbal e física pode então, surgir.

Na minha experiência clínica, tenho observado diversas situações como essas. Mulheres casadas há muitos anos (casos de casamentos de mais de 30 anos) com parceiros abusadores, que chegam ao consultório com sua autoestima completamente destruída, sentindo-se culpada pelo fracasso da relação. Aliás, esta é mais uma característica presente numa relação como esta, a culpa. O abusador faz um jogo que faz com que a parceira se sinta responsável pelas suas agressões, sejam elas físicas ou verbais.

Estou me referindo ao parceiro abusador, pois é muito comum que a mulher esteja na posição de vitima numa relação como essa. Porém, é importante ressaltar que não são apenas os homens que abusam, há situações em que o abuso parte da parceira.

Caso você esteja vivendo em um processo como esse, e não sabe como agir, procure ajuda! Tenho certeza que passar por um processo de autoconhecimento irá ajudá-la a entender o que está acontecendo, compreender qual a sua responsabilidade nessa dinâmica e consequentemente, ajuda-la a fazer as mudanças necessárias para ter uma relação mais feliz, inclusive com você mesma.

Caso queira mais informações sobre relacionamento abusivo, acesse o link abaixo:

Neste link você encontrará um vídeo de uma palestra online onde falo mais a respeito deste assunto.

Acredite, você pode recuperar a sua autoconfiança e ter um relacionamento saudável e feliz!