Espelho, Espelho meu... (Reflexões sobre a beleza e essa tal autoestima) | Ana Paula Dias
Ana Paula Dias - Psicóloga | Butantã - São Paulo - SP
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Espelho, Espelho meu… (Reflexões sobre a beleza e essa tal autoestima)

Espelho, Espelho meu… (Reflexões sobre a beleza e essa tal autoestima)

Por: Ana Paula Dias da Silva CRP 06/79873

Como tem sido a sua relação com o seu Espelho?

Gosta do que vê? Consegue reconhecer a beleza que existe em você?

Aquela, que é só sua, que independe de padrões. Aquela beleza que conta um pouco de sua história, de suas origens, que traz com ela um pouco de sua individualidade, aquilo que justamente o(a) torna único(a).

Não consegue reconhecer?

Talvez esteja na hora de começar a olhar para você com um pouco mais de compreensão, com mais carinho, e perceber que há beleza em ser quem você é.

Talvez você não consiga reconhecer aquilo que tem de bom, aquilo que tem de belo, por simplesmente querer caber em um padrão. Aquele padrão que dizem ser o certo, que estabeleceram como mais adequado. Talvez você não caiba neste padrão, e quem disse que teria que caber?

Olhe para você e perceba que cada parte de seu corpo, conta um pouco sobre quem você é. E estou certa que há muita beleza na sua história!

Sempre que penso sobre isso, me vem uma música do Oswaldo Montenegro em mente, onde tem um trecho que diz o seguinte:

“… Quantos defeitos sanados com o tempo, eram o melhor que havia em você?…”

Pois é, muitas vezes, brigamos contra nossa essência, contra as nossas formas, contra tudo aquilo que somos, para caber em um padrão estabelecido por alguém, e com isso, matamos aquilo que somos de verdade, e perdemos toda a beleza que existe na autenticidade.

Como podemos buscar a felicidade, matando o que há de mais verdadeiro em nós mesmos? A beleza acontece primeiro dentro da gente. Quando conseguimos entender quem somos e enxergar valor nessa história, paramos de ir em busca de querer ser aquilo que esperam de nós. Deixamos de tentar caber no desejo do outro a qualquer custo e passamos a nos amar, buscando sempre a nossa melhor versão, mas respeitando nossos limites.

Para sermos amados(as) pelo outro, precisamos primeiro nos amar, pois somente com amor próprio, conseguimos colocar limites em nossas relações e assim assumimos um papel ativo diante da vida. E é desta forma, que perdemos a necessidade de agradar a todos, abandonando assim os padrões.

Afinal, os padrões foram feitos para coisas e não para pessoas. Somos muito complexos para caber neles.  E quando nos permitimos ser nós mesmos, conseguimos enxergar a beleza que existe na diferença.

Como dizia Octavio Paz: “o que põe o mundo em movimento é a interação das diferenças, suas atrações e repulsões; a vida é pluralidade, morte é uniformidade”

Portanto, viva e comemore a sua diferença, é ela que o torna único, exclusivo. Abandone os padrões, eles não dizem nada sobre você, busque sua essência e seja muito, muito feliz!